
SOBRE O ESPETÁCULO
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CRÉDITOS
Origem: Países Baixos
Conceito: Duda Paiva e Nancy Black
Encenação: Nancy Black
Coreografia e orientação em manipulação: Duda Paiva
Intérprete: Duda Paiva
Música e desenho de som: Wilco Alkema
Desenho de luz: Mark Verhoef
Marionetas: Evandro Serodio e Duda Paiva
Aconselhamento dramatúrgico: Nienke Rooijakkers
Figurinos e cenografia: Machtelt Halewijn
Confecção de figurinos: Atty Kingma
Execução de cenografia: Daniel Patijn
Uma coprodução com:
Festival Mondial des Théâtres de Marionnettes (França),
Black Hole Theatre (Austrália),
Nordland Visual Theatre (Noruega)
e Korzo Producties (Países Baixos).
Co-financiado pelo Performing Arts Fund (Países Baixos).
Com um agradecimento especial a Hans C. Boer, Domokos Kovacs, Patrick Oliveira e MapLab Utrecht.
BLIND
Duda Paiva - Duda Paiva Company
SINOPSE
“Encontrei dor na luz e beleza na escuridão.”
Nesta criação a solo, o reconhecido bailarino e marionetista Duda Paiva parte das suas memórias de infância, marcadas por uma doença que cobriu o seu corpo de bolhas deixando-o temporariamente cego. O seu percurso surreal de cura envolveu tanto a medicina ocidental como práticas xamânicas.
BLIND transforma essa experiência numa metáfora sobre deficiência, rejeição e superação.
Em constante interação com o público, o espetáculo é simultaneamente comovente e repleto de humor. Sem nunca ser didático, revela o político através da intimidade, num tecido teatral rico que entrelaça dança, manipulação de marionetas, adaptações de cantos iorubás de uma sub-cultura afro-brasileira singular, e forças pulsantes de som e luz.
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DURAÇÃO
75 minutos (sem intervalo)
TIPOLOGIA
Espetáculo / Performance imerssiva
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA
Maiores de 14 anos
AVISO IMPORTANTE
Iluminação estroboscópica - esta performance contém efeitos de luz intermitente que podem causar desconforto a pessoas fotossensíveis ou com epilepsia.
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A Companhia Duda Paiva cria espetáculos com dança e marionetas. Performances associativas, narrativas - geralmente sem texto - que são realizadas em teatros, em festivais, locais interiores e exteriores, na Holanda e internacionalmente. Performances através das quais pessoas de diferentes origens, idades e preferências podem se identificar.
A sua cidade natal é Amersfoort. Desenvolvem aí projetos nas Laswerkplaats e apresentam as suas primeiras experiências nesse espaço. Na Holanda, mas também internacionalmente, é sua ambição trabalhar com dança e marionetas de forma abrangente; como um instrumento teatral completo, transcendendo a disciplina, não limitado por fronteiras ou caixas. Todos os anos as suas produções cruzam a fronteira, para o mundo, no seu caminho para encontros com um público ainda desconhecido e criadores desconhecidos. Por exemplo, com a produção 'Blind' fizeram viagem de Melbourne para Wuzhen, de Nova Iorque para Tóquio e agora para os Açores.

DUDA PAIVA
Duda Paiva (Brasil, 1971), formado como bailarino e intérprete no Brasil, Índia e Japão, desenvolveu uma assinatura reconhecível como criador teatral: uma técnica de manipulação a que chama Object Score; o diálogo entre o bailarino e a marioneta. O Object Score está na base de todo o seu trabalho e resulta da sua investigação sobre uma interação “igualitária” entre um bailarino e um “segundo” corpo, a marioneta.
“Assim que uma marioneta entra em cena, capta imediatamente a atenção. Pode fazer o que quiser. Afinal, ninguém julga uma marioneta quando se afasta da norma. Uma marioneta não tem ego. Simplesmente existe. Nós, como humanos, olhamos para ela e ouvimos a sua história. Sem preconceito; uma marioneta é neutra no que diz respeito a género, cultura, religião ou orientação sexual. Esta qualidade torna possível abordar questões sociais de forma acessível.”
Este diálogo é puramente físico e não verbal. Nos últimos anos, Duda Paiva tem colaborado com coreógrafos e músicos para explorar este diálogo a partir de múltiplas perspetivas. Daí resultaram produções musicais como The Fairy Queen (2019) e Matthäus Passion (2022) com a Netherlands Wind Ensemble, e The Miraculous Mandarin (2023) com a Royal Concertgebouw Orchestra. E produções de dança como Sonatinas 4 feet (2020) com o Fractal Collective, Legends of the Roof (2022) com a Class 3e, e Avatāra com a Illusionary Rockaz Company (2022–2023). Por esta produção receberam o Prémio Swan para a Mais Impressionante Performance de Dança 2023. Outras colaborações incluem Reinaert de V. com a Holland Opera & New European Ensemble (2023 e 2024) e Animalia Paradoxa com a harpista Lavinia Meijer (2024). Em 2024, Duda Paiva recebeu o Prémio Wim Meilink pela sua carreira.
“Fui inspirado pelo locking e popping do hip-hop, pela precisão dos movimentos. Se pudesse acrescentar algo ao Object Score, seria esta forma de dança. O bailarino, por assim dizer, ‘empresta’ a técnica de stop-motion de uma marioneta, isola-a e utiliza-a para contar a história.”
A par destas coproduções, Paiva continua a criar solos como Blind (2018) e Bruce Marie (2021), apresentados regularmente em todo o mundo. Produz também com sucesso espetáculos para famílias, como Forgotten Creatures and Lost Things (2020) e Children of the Vanished Forest (2023).
Transmite a sua técnica a novos criadores através de oficinas, programas de mentoria e como encenador, tanto a nível nacional como internacional. Graças à diversidade do seu trabalho, Duda Paiva oferece a públicos dos 4 aos 104 anos a oportunidade de experienciar a sua obra e técnica.
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