ABOUT THE SHOW
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Choreography: Maguy Marin
Interpreters: Lazare Huet, Ennio Sammarco, Kostia Chaix, Rolando Rocha Soto, Alana Lagido, Mélen Cazenave, Louise Mariotte, Liah Frank, Kaïs Chouïbi, Isabelle Missal
Rehearsal coordinator: Ulises Alvarez
Stage manager: Juliette Dubernet
Ligh Design: Alexandre Beneteaud, Albin Chavignon
Figurinos: Louise Marin
Original soundtrack: Franz Schubert, Gilles de Binche, Gavin Bryars
Production
Coproduction: Compagnie Maguy Marin, Maison des Arts et de la Culture de Créteil
Supports: Ministère de la Culture – DRAC Auvergne-Rhône-Alpes, Ville de Lyon, Institut Français (para projetos internacionais)
Permanent residency: RAMDAM, UN CENTRE D’ART
MAY B
COMPANGNIE MAGUY MARIN
SYNOPSIS
May B sets in motion a parade of the errant human condition with the invention of an abrupt theatrical language that transforms the ridiculous, the violent, and the distressing into situations.
The power of this dance comes from its ability to represent the mystery of our presence in the world.
"This piece, based on the writings of Samuel Beckett—whose work contradicts, in its theatrical movement and atmosphere, the physical and aesthetic performance of the dancer—allowed us to lay the foundations for a secret deciphering of our most intimate, hidden, and ignored gestures.
Revealing the small or spectacular gestures of the many imperceptible and discreet lives, in which waiting and “not entirely immobile” stillness create a void, a great nothingness, a silent space full of hesitations. When Beckett's characters long for immobility, they cannot help but move; whether a little or a lot, they move.
In this essentially theatrical work, the goal was not so much to develop words and speeches, but rather to expand the form of movement, seeking to find the meeting point between movement applied to theater, on the one hand, and dance and choreographic language, on the other.
Maguy Marin
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DURATION
90 minutes (without entracte)
TYPE
Theater/dance performance
AGE CLASSIFICATION
12 years and older
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Compagnie Maguy Marin
The course of a lifetime – Maguy Marin
There is a birthplace that is more than just a city: Toulouse. A place reached after a series of displacements caused by political events in Spain. It was there that she grew up, in France, in the early 1950s. Her desire to dance was realized through years of study, from Toulouse to Strasbourg and then to Mudra in Brussels. Maurice Béjart, Alfons Goris, and Fernand Schirren... And also many decisive encounters (such as with theater students from the Théâtre National de Strasbourg). Her desire was first affirmed with the Chandra group and then with the Ballet du XXe Siècle. Creation began alongside Daniel Ambash, while the Nyon and Bagnolet competitions (1978) provided further impetus.
Working together
From 1980 to 1990, with the support of the Maison des Arts de Créteil (France), research continued with Christiane Glik, Luna Bloomfield, Mychel Lecoq, and Montserrat Casanova. A company was formed, reinforced by Cathy Polo, Françoise Leick, Ulises Alvarez, and Teresa Cunha, among others. The research continued with one essential constant: the company, which in 1985 became the National Choreographic Center of Créteil and Val-de-Marne. The attempt to work collectively and to live off their own work also gained international recognition. In 1987, the meeting with Denis Mariotte led to a long collaboration, opening up a vast field of experimentation based on mutual questioning and the search beyond the limits of a single artistic form.
Do – undo – redo
In 1998, a new context in a new region brought a new choreographic center: the National Choreographic Center in the La Velette neighborhood of Rillieux-la-Pape. There arose the need to reinvest the public space with mixed presences in a shared space: a “we, in time and space.” And in that place, the search to embody the distance necessary to strengthen the ability to react and summon “the diagonal forces that resist oblivion” (H. Arendt).
The work expanded into multiple spaces—in the Studio, in the La Velette neighborhood, in partner cities, and abroad. Multiple creations and interventions were intertwined, while artistic demands opened up possibilities that went beyond the simple desire to be together.
In 2006, a new building was constructed for the CCN in Rillieux-la-Pape: a place to live and coexist, a laboratory for the people, an embodiment of the performing arts, intended for an urban audience from which poetic gestures spring forth. May the part of existence that art brings us be made and expressed publicly, from place to place, from city to city, from country to country; and, to this end, in many different spaces, may we share means, tools, experiences, and actions. Intertwine artistic disciplines, create, support different forms of research, and anchor artistic action in diverse areas of social life: from schools to theaters, from art centers to social centers, from public spaces to places of coexistence, from research spaces to community spaces, allowing the artistic gesture to live as a poetic force capable of creating and recreating worlds.
In 2011, all the modalities involved in the company's research and reflection were rethought. After the intensity of the years at the CCN in Rillieux-la-Pape, the need arose for a new step: to return to working as an independent company. This decision corresponded to the vital desire to experience in other ways everything that the creative act requires, as a potential that extends into the various forms from which it springs.
After three years in Toulouse—a city that briefly welcomed this new phase but was unable to offer the sustainable space that a permanent company requires—the idea arose to settle in Ramdam, a former carpentry workshop acquired in 1995 with copyrights to previous works. Located in Sainte-Foy-lès-Lyon, the space had already been active for 17 years as an association offering artistic residencies, workshops, and public presentations.
The company's definitive installation there in 2015 allowed it to continue to open up the immaterial space of sharing, committed to the work and the development of new projects with other artists: RAMDAM, UN CENTRE D’ART.
Compagnie Maguy Marin
O curso de uma vida – Maguy Marin
Há um lugar de nascimento que é mais do que uma cidade: Toulouse. Um lugar alcançado após uma série de deslocamentos provocados pelos acontecimentos políticos em Espanha. Foi ali que cresceu, em França, no início dos anos 1950. O desejo de dançar concretizou-se através de anos de estudo, de Toulouse a Estrasburgo e depois a Mudra em Bruxelas. Maurice Béjart, Alfons Goris e Fernand Schirren… E também muitos encontros decisivos (como com estudantes de teatro do Théâtre National de Strasbourg). O desejo afirmou-se primeiro com o grupo Chandra e depois com o Ballet do Século XX. A criação iniciou-se ao lado de Daniel Ambash, enquanto os concursos de Nyon e Bagnolet (1978) davam mais impulso.
Trabalhar juntos
De 1980 a 1990, com o apoio da Maison des Arts de Créteil (França), a pesquisa prosseguiu com Christiane Glik, Luna Bloomfield, Mychel Lecoq e Montserrat Casanova. Formou-se uma companhia, reforçada por Cathy Polo, Françoise Leick, Ulises Alvarez e Teresa Cunha, entre outros. A pesquisa continuou com uma constante essencial: a companhia que em 1985 se tornou o Centro Coreográfico Nacional de Créteil e Val-de-Marne. A tentativa de trabalhar coletivamente e de viver do próprio trabalho contou ainda com uma difusão internacional. Em 1987, o encontro com Denis Mariotte originou uma longa colaboração, abrindo um vasto campo de experimentação baseado numa interrogação mútua e na busca para além dos limites de uma única forma artística.
Fazer – desfazer – refazer
Em 1998, um novo contexto numa nova região trouxe um novo centro coreográfico: o Centro Coreográfico Nacional no bairro La Velette, em Rillieux-la-Pape. Ali surgiu a necessidade de reinvestir o espaço público com presenças misturadas num espaço partilhado: um “nós, no tempo e no espaço”. E nesse lugar, a busca por encarnar o distanciamento necessário para fortalecer a capacidade de reagir e convocar “as forças diagonais que resistem ao esquecimento” (H. Arendt).
O trabalho expandiu-se em múltiplos espaços – no Estúdio, no bairro de La Velette, em cidades parceiras e no estrangeiro. Entrelaçaram-se múltiplas criações e intervenções, enquanto a exigência artística abria possibilidades que iam além do simples desejo de estar juntos.
Em 2006 surgiu um novo edifício para o CCN de Rillieux-la-Pape: um lugar para habitar e coabitar, um laboratório do povo, encarnação das artes do espetáculo, destinado a um público urbano de onde brota o gesto poético. Que a parte da existência que a arte nos traz se faça e se expresse publicamente, de lugar em lugar, de cidade em cidade, de país em país; e, para isso, em muitos espaços diferentes, partilhar meios, ferramentas, experiências e ações. Entrecruzar disciplinas artísticas, criar, apoiar diferentes formas de investigação e ancorar a ação artística em áreas diversas da vida social: das escolas aos teatros, dos centros de arte aos centros sociais, dos espaços públicos aos lugares de convivência, dos espaços de investigação aos comunitários, deixando viver o gesto artístico como força poética capaz de criar e recriar mundos.
Em 2011, todas as modalidades envolvidas na pesquisa e reflexão da companhia voltaram a ser repensadas. Após a intensidade dos anos no CCN de Rillieux-la-Pape, surgiu a necessidade de um novo passo: voltar a trabalhar como companhia independente. Essa decisão correspondia ao desejo vital de experimentar de outras formas tudo o que o ato criativo exige, como potencial que se prolonga em diversas formas de que é raiz.
Depois de três anos em Toulouse —cidade que acolheu brevemente esta nova etapa, mas não conseguiu oferecer o espaço sustentável que uma companhia permanente requer— surgiu a ideia de se instalar no Ramdam, uma antiga carpintaria adquirida em 1995 com direitos de autor de trabalhos anteriores. Situado em Sainte-Foy-lès-Lyon, o espaço já estava ativo há 17 anos como associação que oferecia residências artísticas, oficinas e apresentações públicas.
A instalação definitiva da companhia ali, em 2015, permitiu continuar a abrir o espaço imaterial do partilhado, comprometido com a obra e com o desenvolvimento de novos projetos com outros artistas: RAMDAM, UN CENTRE D’ART.
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