ANIMAIS DOMÉSTICOS do Coletivo POP no Teatro Micaelense
- corredorass
- 18 de mar.
- 3 min de leitura
Atualizado: 25 de mar.

A estreia de Animais Domésticos encenado por Tiago de Faria teve lugar no dia 23 de Novembro, a abrir a II edição do POP - Festival das Artes e Ofícios do Espetáculo.
Sinopse:
A esfera privada, refúgio das pressões do mundo exterior, é muitas vezes, um palco de tensões, desigualdades e relações de poder. Animais domésticos é um olhar sobre as estruturas ocultas de classe, raça e género dentro de uma sociedade, sobre como as pessoas vivem em casa, sobre a relação do mundo digital na vida privada, e a evolução das normas e atitudes sociais que definem o que antes era considerado privado e que agora é público.
Interpretação
Ana Sales, Anabela Almeida, Bruno Correia, Catarina Ferreira, Dulce Sequeira, João Malaquias, Katarina Rodrigues, Luís Rodeiro, Luísa Alves, Luisa Cavalleri, Natália de Lima Ferreira, Nuno D’Almeida
Coro
Andreia Ferreira, Daniela Leal, Eliana Vicente, Francisco Albergaria, Inês Penedo, Joana Cavaco, Joana Moreira, Katarzyna Mazur, Luísa Borges, Maria Pia, Mónica Moura, Ricardo Teixeira, Rita Pereira, Sara Nascimento, Tiago Matias
Direção Artística Tiago de Faria
Textos
Tiago de Faria, Tiago Melo Bento, Beatriz Raposo
Representação Plástica do Espetáculo
Coordenação – Rocio Matosas
Cenografia - Alexandra Baptista | Francisco Melo Bento| Ivo Baptista | Katarina Rodrigues
Apoio à construção: Alejandra Brito
Figurinos – Ana Sales
Adereços – Rocio Matosas
Desenho de luz – Rocio Matosas
Video – Tiago Melo Bento Apoio video - Bruno Correia | Nuno Pedro | Ana Sales
Cartaz - Rocio Matosas
Assistente de Direção: Zala Ngita
Direção de Cena – Paula Coelho
“Animais domésticos” teve três momentos nucleares para a sua conclusão. Um, em conjunto com um grupo de participantes, alguns que viriam a integrar o elenco do espetáculo, de exploração do tema das vidas domésticas, da exposição pública e da necessidade de um espaço privado. Ao longo de dez dias, intercalando ensaios de improvisação e momentos de partilha de histórias pessoais, fomos criando uma dramaturgia e um imaginário coletivos que viriam a ser o pano de fundo do universo do espetáculo. Noutro momento iniciou-se a parte da escrita com uma formação/investigação sobre a natureza da escrita para teatro. Finalmente juntaram-se os elementos da composição plástica do espetáculo e a participação mais alargada da comunidade.
Tiago de Faria
Ao grupo de atores que iniciou os ensaios juntaram-se os participantes na Residência Artística "Personagem CORO - um gesto coletivo"
O resultado que se traduz neste espetáculo, não é por isso a tradução de uma única visão nem de uma voz autoral isolada. É o fruto de um conjunto de esforços individuais e de uma generosidade assoberbante de todos os que nele participaram e ou pontualmente ajudaram. É o espelho do que uma comunidade pode ter de melhor, ajudado pela exigência profissional de quem não abdica de sistematicamente acreditar que no exercício da criação estética não encaixa o binómio amador/profissional como matriz de seriedade no processo construtivo ou de qualidade final de um produto.
Tiago de Faria
O Coletivo POP nasceu no âmbito da 1ª edição do POP – Festival das Artes e Ofícios do Espetáculo, em 2023, como um desdobramento natural da criação do espetáculo Ouço-te na sombra da praça vazia mas não sei de ti. Resultado de um processo colaborativo com a comunidade da ilha de São Miguel, o coletivo assume-se como um espaço híbrido, reunindo profissionais e não-profissionais das artes do espetáculo, numa abordagem que valoriza a inclusão, a tolerância e a participação ativa na construção de objetos estéticos comuns.
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